O texto de hoje é sobre deixar ir. Já alguma vez pensaste na importância de saber deixar ir? Deixar ir uma pessoa, um pensamento, uma situação? Ou por outras palavras saber aceitar.
Let Them de Cassie Phillips
Há momentos em que ler ou ouvir palavras com as quais nos identificamos pode ajudar-nos, mesmo que seja difícil por em prática. Foi o que aconteceu comigo quando li este poema.
Just Let Them
If they want to choose something or someone over you, LET THEM.
If they want to go weeks without talking to you, LET THEM.
If they are okay with never seeing you, LET THEM.
If they are okay with always putting themselves first, LET THEM.
If they are showing you who they are and not what you perceived them to be, LET THEM.
If they want to follow the crowd, LET THEM.
If they want to judge or misunderstand you, LET THEM.
If they act like they can live without you, hold the door open, AND LET THEM.
Let them lose you
You were never theirs, because you were always your own.
So let them.
Let them show you who they truly are, not tell you.
Let them prove how worthy they are of your time.
Let them make necessary steps to be a part of your life.
Let them earn your forgiveness.
Let them call you to talk about ordinary things.
Let them take you out on a thursday.
Let them talk about anything and everything just because it´s you they are talking to.
Let them have a safe place in you.
Let Them see the heart in you that didn´t harden.
Let them love you.
A arte de deixar ir
O poema fala sobre a arte de nos libertarmos do controlo e aprendermos a encontrar aceitação nas nossas relações. Na primeira parte do poema há um lembrete para aceitarmos as escolhas dos outros, mesmo quando elas diferem muito das nossas. Já a segunda parte é sobre aceitar a liberdade que vem do desapego.
Desapego é um tema de que já falei aqui. O apego está ligado ao medo de perder a segurança. Desapego é um estado de desprendimento, é saber deixar ir. Contudo não é o mesmo que ser indiferente ou apático.
Desapegar-se é aceitar as pessoas como elas são e não como gostaríamos que fossem. É saber lidar com opiniões diferentes das nossas, é entender que o outro não tem de preencher as nossas expectativas. É saber aceitar quando as pessoas se afastam ou simplesmente querem coisas diferentes. E por outro lado, como mostra a segunda parte do poema, é aceitar o que o outro tem para nos dizer, e acima de tudo sermos uma espaço seguro e acolhedor para as pessoas que amamos.
Por exemplo, quando alguém decide deixar de beber álcool normalmente encontra resistência no grupo de amigos. E passa a ouvir frases do tipo: “mas não vais beber mesmo nada”, “vais me deixar beber sozinho”, “não achas que é muito radical”. Todas estas frases mostram medo da mudança que o amigo decidiu fazer, por outro lado não mostram aceitação. Se queremos ser aceites, temos de saber aceitar. E deixar ir toda a idealização que fazemos de nós mesmos e dos outros.
